quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Minha Infancia IV Campinas

Outra coisa que marcou muito minha infância, eram as visitas que fazia a casa de minha Tia Constantina, em Campinas.

Nas ferias de Julho e Dezembro meu pai me levava ate la onde ficava cerca de 15 dias.

Minha Tia era casada com meu Tio ´Joaozinho´, ele era funcionário da Secretaria de Agriculturamorava em uma fazenda, muito conhecida na época, era do IAC Instituto Agronómico de Campinas, hoje la è um parque publico.

Era uma fazenda em que os Agronomos faziam pesquisas sobre frutos, alimentos, hortaliças, etc, era enorme, acho que meu Tio era reponsavel pelos veículos, mecânicos e motoristas da fazenda.

As pessoas moravam la em casas que o Estado fornecia, era uma casa linda ficava cerca de 2 KM da estrada que liga Campinas a Souzas, na entrada da casa tinha um caminho cercado de bambu pelos dois lados, um terreno enorme, na frente uma varanda na porta da sala, tinha coisas que nem imaginava existir, FOGÃO ELETRICO E TELEFONE, este era de parede.
Minha Tia tinha dois filhos o Joao Luiz, e o Jose Eduardo o ´DU´, este da minha idade, era com este que convivi muito, pois o Joao Luiz era um pouco mais velho e nao queria andar com ´crianças`, como disse anteriormente, a família è muito grande e tenho dezenas de primos, gosto de todos, mas em duvida alguns marcaram boa parte de minha vida e acabaram ficando mais próximos, o ´DU´foi e ainda è um deles.

Eu na bicicleta ao lado do DU, com a inseparável Espingarda de Pressão, em frente ao lago maior na fazenda

As visitas a fazenda eram momentos ímpares em minha vida, tudo era diferente, íamos de Ónibus a Campinas, pois como ja disse meu Pai nao tinha carro, na fazenda tudo era alegria, tudo diferente, não parávamos, andávamos o dia todos, na criação de porcos, fazendo caldo de cana, pescando, pegando girinos, andando pelas plantações de café, cana de açúcar, procurando locais onde as galinhas colocavam ovos, para chocar.

Uma das poucas fotos da época, (pessimamente tirada rs), acho que sou eu na rede e meu primo Du, em , na varanda em frente a sala da casa de meus tios

O mundo não era tão politicamente correto como hoje ( e alias acho que era bem melhor), meus primos tinham uma Espingarda de Pressão e passávamos horas atirando (nenhum de nos virou assassino por isso), a noite íamos caçar morcegos, com uma vara de bambu.
Roberto (amigo da feira futura postagem), e o DU a direita fazendo litros de caldo de cana

Meus tios eram pessoas maravilhosas, minha tia era uma excelente cozinheira, fazia uma macarrão inigualável, e uma bala de café deliciosa, aos sábados íamos com meu Tio (DE CARRO), atè o Mercado Municipal de Campinas, ele fazia as compras e sempre comprava uma caixa de ´diabolo´, para a Espingarda de Pressão, e uma torrada acho que chamava-se ´Carol` que eu simplesmente adorava.

Essa ja foi tirada alguns anos depois, já adolescente, com um amigo Roberto ( da feira outra postagem rs), eu com a Espingarda de Pressão na mão

Lembro-me bem que meu primo tinha um barquinho que movimentava-se na agua, por um processo de diafragma, acionado por fogo em álcool, levávamos em um lago da fazenda e passávamos horas la. Ele tambèm tinha um pequeno disco voador movido a pilha, acendia, andava e emitia sons.

Pode parecer bobagem hoje onde encontramos genringonças de todo tido vindo da China em qualquer camelo, mas naquela época aquilo era para pouquissimas pessoas rs.




Outra lembrança, è que os Times da Ponte Preta e do Guarany, levavam seus atletas para fazerem corridas la, o exercito fazia mesmo. Lembro-me de uma cena engraçada em Julho, logo cedo um frio desgraçado, um Sargento em um Jipe todo agasalhado andando na frente de um batalhão correndo atras vestido somente short e camiseta e o Sargento gritava ´FRIO È PSICOLOGICO¨ rs.

Mesmo depois de crescido voltei muitas vezes la com amigos de SP, são lembranças maravilhosas



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